A morte de Dom Juventino Kestering foi comunicada neste domingo, 28, pela diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT). O bispo testou positivo para Covid-19 no final de fevereiro. Ele estava internado desde o dia 11 de março.
Segundo médicos, Dom Juventino sofreu uma parada cardíaca às 9h45 da manhã deste domingo, e não resistiu. O bispo teve seu quadro agravado neste sábado, 27.
Velório e missa de corpo presente
O velório foi permitido uma vez que não há mais a presença do vírus, de acordo com os médicos.
O funeral ocorre desde a noite deste domingo, “seguindo rigorosamente os protocolos de segurança, distanciamento e higiene, na Catedral Santa Cruz em Rondonópolis”.
O velório será concluído às 13h30 e, às 14h00 será celebrada a missa de corpo presente. Quem presidirá a celebração será o arcebispo de Cuiabá (MT), Dom Milton dos Santos.
Devido ao decreto estadual que limita o número de pessoas na Catedral Santa Cruz, a missa terá a presença apenas dos familiares, religiosos e religiosas, e autoridades civis.
O velório e a missa serão transmitidos pelos meios de comunicação da catedral.
Biografia
Dom Juventino Kestering nasceu no dia 19 de maio de 1946, em Morro do Gato, hoje Morro do Cruzeiro. O município fica em São Ludgero, região sul de Santa Catarina.
Ingressou no seminário em Tubarão (SC), em 1959, quando tinha 13 anos. Estudou filosofia e teologia em Curitiba (PR).
Foi ordenado padre pelo bispo Dom Anselmo Pietrulla, no dia 14 de julho de 1973. A cerimônia aconteceu na igreja matriz São João, em São Ludgero.
Celebrou a primeira missa na igreja de São Pio X, em sua terra natal. Logo assumiu a missão de vigário paroquial na catedral diocesana de Tubarão.
No Regional Sul 4 da CNBB, quando ainda era padre da diocese de Tubarão, coordenou a Comissão para a Catequese. Foi professor do Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC). Em nível nacional, também assessorou a Comissão para a Animação Bíblico-catequética.
Nomeação
Em 1997, foi nomeado bispo diocesano de Rondonópolis (MT) pelo Papa João Paulo II. Recebeu a Sagração Episcopal no dia 8 de março de 1998, na catedral de Tubarão, pela imposição das mãos de Dom Hilário Moser, SDB. Seu lema era: ‘Enviou-me para evangelizar’.
Em março de 1998, Dom Juventino tomou posse como bispo diocesano de Rondonópolis. Em seu episcopado aconteceram as mudanças geográficas com anexação de mais cinco paróquias. A diocese passou a ser de Rondonópolis-Guiratinga.
Foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Também integrou o Departamento Missões e Espiritualidade, ao qual está ligada a seção Catequese do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam). Foi referencial da Catequese no Regional Oeste 2 da CNBB.
Pesar da CNBB
Confira a nota de pesar da CNBB pela morte de Dom Juventino:
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo falecimento de Dom Juventino Kestering, bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), na manhã deste Domingo de Ramos, 28 de março, vítima das consequências da Covid-19. Unimo-nos em solidariedade aos familiares, amigos, ao povo de Deus no Sul de Mato Grosso e aos agentes da Animação Bíblico-Catequética de todo o Brasil, que puderam se enriquecer com a doação deste nosso irmão enviado para evangelizar.
Em preces pela alma de dom Juventino, reforçamos nossa Mensagem Pascal deste ano: “Cristo Ressuscitado, bálsamo da vitória da vida sobre a morte, seja perseverança em nosso caminhar, especial sustento para os profissionais e servidores da saúde, consolação para os enlutados e feridos no coração”.
Em Cristo,
Walmor
Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente
Jaime
Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente
Mário
Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente
Joel
Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral
fonte:Canção Nova / CNBB
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