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Hungria: Bolsonaro divulga informações falsas sobre Amazônia e diz que o Brasil não destrói a floresta

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, falaram após encontro em Budapeste — Foto: Bernadett Szabo/Reuters

Em uma declaração à imprensa nesta quinta-feira (17), ao lado do primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, em Budapeste, o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações falsas sobre a Amazônia e disse que o Brasil não destrói a floresta.Bolsonaro abordou o tema ao mencionar que, antes de estar com Orbán, conversou com o presidente húngaro,

János Áder. E que, nesse encontro, o assunto Amazônia surgiu à tona. O tema é motivo de cobranças recorrentes da comunidade internacional desde o início do governo Bolsonaro.

O presidente tem convivido com críticas de que o Brasil não adota políticas ambientais para evitar a destruição da Amazônia, que vem batendo recordes sucessivos de desmatamento. Além disso, medidas como a defesa do garimpo viraram marcas da gestão Bolsonaro. Informações falsas e distorções sobre dados do meio ambiente também estiveram em discursos do presidente na ONU ou para investidores em Dubai.

Bolsonaro disse que a conversa com Áder "focou a questão ambiental". Os dados usados pelo presidente não correspondem ao que de fato ocorre no meio ambiente brasileiro (veja números mais abaixo).

"Há pouco conversei também com o nosso presidente da Hungria, ele se focou muito mais na questão ambiental. Eu tive a oportunidade de falar para ele o que representa a Amazônia para o Brasil e para o mundo. E muitas vezes as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se nós fôssemos os grande vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe", afirmou Bolsonaro.

"Nós preservamos 63% do nosso território. E não se encontra isso em praticamente nenhum outro país do mundo. Nós nos preocupamos até mesmo com o reflorestamento, coisa que não vejo nos países da Europa como um todo. Então, essa informação, essa desinformação passa para o lado de um ataque à nossa economia que vem obviamente em grande parte do agronegócio", completou Bolsonaro.

 

DESMATAMENTO

De acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia em 2021 foi o maior em 10 anos.

De acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do órgão, que monitora a região com imagens de satélites, 10.362 km² de mata nativa foram destruídos de janeiro a dezembro do ano passado, o que equivale à metade do estado de Sergipe. A devastação em 2021 foi 29% maior que no ano anterior.

Além disso, segundo números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia teve recorde de alertas de desmatamento em janeiro de 2022. Foi o pior janeiro desde 2016, quando começou o monitoramento.

Os alertas de desmatamento detectados em janeiro de 2022 somaram 430 quilômetros quadrados, quatro vezes mais do que em janeiro do 2021.

Imagens de satélite mostram que o desmatamento está acelerando também em partes da floresta antes preservadas, como o sul do estado do Amazonas, perto da divisa com Acre e Rondônia.

Pesquisadores, servidores e fiscais de órgãos como o Ibama ouvidos pelo Jornal Nacional afirmaram que o desmatamento registrado em janeiro foi resultado da contínua falta de ação do governo federal para conter os crimes ambientais na Amazônia. Eles apontaram o desmonte da fiscalização ambiental e a postura do presidente da República como incentivos à ação de criminosos.

 

Porcentagem do território preservado

Especialistas afirmam que a declaração de Bolsonaro, de que o Brasil tem mais de 60% de seu território com vegetação preservada, não corresponde à realidade. O presidente já divulgou esse número outras vezes.

Análise do Mapbiomas aponta que que pelo menos 9% do total de 66% da atual cobertura vegetal é secundária – ou seja, são áreas que já foram desmatadas e voltaram a crescer. São áreas que, portanto, não foram preservadas. "Além disso, mais de 20 países possuem área com vegetação nativa maior que a do Brasil", aponta a iniciativa Fakebook.eco, que analisa a desinformação ambiental com apoio de rede de ONGs.

 

            (Com informações do Portal e Noticias G1.com)

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