Uma assembleia realizada ontem (29), na sede da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), marcou a criação do Sindicato de Professores Efetivos da Rede Municipal de Petrolina (Simdprof). A chapa vencedora que iniciará a gestão é a ‘Independência e Liberdade’ (confiram abaixo). Já a partir deste segundo semestre, os profissionais de educação já passam a contar com o apoio da entidade representativa.
De acordo com o estatuto, o sindicato terá como objetivos a representação legal e atuação na defesa dos interesses econômicos, sociais, políticos e culturais e difusos de todos os professores da rede de ensino de Petrolina. Outras finalidades são: unir todos os professores da base na luta em defesa dos seus interesses imediatos e futuros, e desenvolver atividades na busca de soluções para os problemas da categoria, tendo em vista à melhoria das condições de vida e de trabalho. O mandato da diretoria, segundo o estatuto, terá duração de quatro anos.
De acordo com a Comissão dos Trabalhos de Organização da categoria, o sindicato era um sonho antigo dos profissionais da área, tendo em vista que atualmente a classe está vinculada ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp), entidade que integra outras categorias do serviço público da cidade e precisa atender uma demanda maior de profissionais, o que acaba diminuindo o poder de luta e a defesa mais ativa dos professores.
Para Carmélia Guedes, atual presidente da Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Unificados da Educação de Petrolina (ATTUE), a fundação do sindicato representa um momento histórico da luta dos profissionais de educação da rede municipal. “A chegada do sindicato teve como ponto de partida a ATTUE, que pode ser considerada o embrião da entidade maior. Porém, tínhamos consciência da necessidade do sindicato para que pudéssemos avançar com maior independência e dinamismo na luta pelos interesses da categoria”, explicou.
Segundo Augusto Carvalho, presidente da comissão, o número de profissionais de educação da rede municipal é considerável, o que segundo ele, configura a necessidade de uma entidade representativa, “Somos mais de mil professores e, naturalmente, está claro que não poderíamos mais permanecer vinculados ao Sindsemp. De certa forma a nova entidade desafoga o sindicato dos servidores e cria uma nova perspectiva de fortalecimento pela luta sindical não só da nossa categoria, mas do conjunto de entidades em Petrolina”, afirmou.
Contraponto
No entanto, o atual presidente do Sindsemp, Walber Lins, não vê dessa forma. Ele disse recentemente a este Blog não ver legitimidade na criação do novo sindicato para representar os professores. “Querem ter um sindicato simplesmente para se satisfazer e dizer que têm um sindicato. Isso pode, futuramente, trazer uma conotação de cunho eleitoreiro. Eles pensam em desagregar o servidor, e não construir algo relevante para o servidor”, declarou.
Lins também atribuiu a criação do Sinprof ao fato de o grupo que está à frente da entidade de professores ter perdido as últimas três eleições no Sindsemp. “Eles não trazem proposição, parece que querem copiar o que o Sindsemp faz. Mas nós permanecemos naquilo que é nossa atribuição: defender os servidores, com toda atenção, lutando pela coletividade”, afirmou o presidente. Ele reforçou que o Sindsemp continuará tendo a legitimidade da representação do servidor público. “Isso está previsto na Lei Orgânica do município. Não há o que se discutir”, pontuou.
fonte: Noticia reproduzida do Blog Carlos Britto.com
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