Manifestantes presos em protesto contra privatização da Sabesp na Alesp são indiciados por associação criminosa, agressão, resistência e desobediência
A polícia indiciou por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência quatro pessoas que foram presas por protestar contra o projeto de privatização da Sabesp durante a votação do plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta quarta-feira (6).
O texto foi aprovado após uma sessão tumultuada, marcada por confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar, que chegou a usar spray de pimenta dentro do plenário.
Antes da votação, manifestantes que estavam nas galerias tentaram invadir o plenário. O presidente da Casa, André do Prado (PL), pediu reforço da segurança.
O Ouvidor da Polícia, Claudio Silva, disse que recebeu denúncias da ação dos PMs dentro do plenário e cobrou que a Corregedoria apure.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de SP, três homens, de 36, 26 e 22 anos, e uma mulher, de 32, foram presos em flagrante.
Todos foram detidos e conduzidos ao 27° DP, na região do Campo Belo. Eles vão passar por audiência de custódia nesta manhã.
Em nota, a Unidade Popular (UP) criticou a prisão dos membros do partido. Dentre eles, a presidente estadual da legenda, Vivian Mendes.
"Após a mobilização legítima do povo contra a privatização da Sabesp, nossa presidenta estadual Vivian Mendes, presidente estadual da UP SP, Ricardo Senese, metroviário, Lucas Carvente, professor , e Hendryll Luiz estudante da Unifesp, receberam voz de prisão, e foram levados a delegacia da 27ª DP. Os manifestantes presos estão sendo acusados de resistência à prisão e associação criminosa. Trata-se de mais uma violência: criminalizar as pessoas que lutam contra a entrega do patrimônio público".
A legenda ainda afirma que vídeos e fotos mostram "as agressões desproporcionais e crimes cometidos pelos policiais militares contra manifestantes que estavam no plenário da Alesp e saíram bastante machucados."(fonte: g1.com/saopaulo)
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