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Francisco e a Ucrânia: a proximidade cotidiana com o martírio de um povo

 O Papa beija a bandeira ucraniana

A "dimensão do martírio" da Ucrânia também é lembrada pelo Papa em 6 de setembro de 2023, durante a audiência com os bispos do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana. A proximidade e a participação são os sentimentos expressos por Francisco, juntamente com a "tristeza pela sensação de impotência que se experimenta diante da guerra". Acima de tudo

, porque um de seus frutos mais tristes é "tirar o sorriso das crianças". Os mesmos sentimentos de preocupação com "uma situação que parece cada vez mais desesperadora" foram apresentados pelo Pontífice no início de 2024, em uma carta enviada ao Arcebispo Maior de Kyiv-Halyč, Sviatoslav Shevchuk, esperando que a guerra na Ucrânia não se tornasse "uma guerra esquecida" e que a comunidade internacional se comprometesse "com a busca de soluções pacíficas".

 

A mesma exortação ressoou em 8 de janeiro deste ano, em uma audiência com o corpo diplomático credenciado junto à Santa Sé: "Infelizmente, após quase dois anos de guerra em grande escala", disse Francisco, "a tão desejada paz ainda não conseguiu encontrar um lugar nas mentes e nos corações, apesar das numerosas vítimas e da enorme destruição. Não se pode permitir que um conflito que está se tornando cada vez mais enraizado, em detrimento de milhões de pessoas, continue, mas é preciso pôr um fim à tragédia atual por meio de negociações, com respeito ao direito internacional".

 

Além de orações e exortações, Francisco também age em primeira pessoa em nome da paz, com o objetivo de dialogar com as partes envolvidas: em 25 de fevereiro de 2022, foi à sede da Embaixada da Federação Russa na Santa Sé para expressar sua preocupação com a eclosão da guerra. Poucos dias depois, em 16 de março, conversou por telefone com o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia, Kirill, para "cessar o fogo" da guerra, motivado "pelo desejo de indicar, como pastores de seu povo, um caminho para a paz". E, ao longo dos meses, também houve várias conversas telefônicas com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, recebido pelo Papa em audiência em maio de 2023.

 

Os esforços do pontífice para acabar com o conflito também incluem a viagem do cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, como enviado especial do Papa à Rússia, aos Estados Unidos e à China. Três missões que foram realizadas em 2023 com a esperança, nunca negada por Francisco, de que "caminhos de paz possam ser postos em movimento".

 

Dois outros cardeais - o Esmoleiro do Papa, Konrad Krajewski, e o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Michael Czerny - foram enviados pelo Pontífice à Ucrânia como seus representantes para levar solidariedade e proximidade aos refugiados e vítimas da guerra. O Arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para Relações com Estados e Organizações Internacionais, fez o mesmo, visitando Vorzel, Irpin e Bucha em maio de 2023, onde rezou em frente à cova coletiva perto da igreja ortodoxa de Santo André. Um gesto para reiterar, no seguimento do Papa, "a atrocidade e a ferocidade da guerra".

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